2° Fase Modernista
Introdução
Este blog vai mostrar sobre o tema da Segunda Geração Modernista do Brasil na Prosa e Poesia, sobre esse tema vamos falar de como surgiu e o que aconteceu na aquela época junto com as características que se formaram na Segunda Geração Modernista e citando alguns autores e obras que marcaram essa Geração fazendo entender e compreender mais sobre o Modernismo.
Contexto Histórico
No Brasil, em 1930, Getúlio Vargas subiu ao poder, iniciando um período que ficaria conhecido como a "era Vargas" e que compreende a ditadura do Estado Novo, de 1937 a 1945. Em seu governo, houve uma série de medidas que centralizaram o poder, entre elas a dissolvidão do Congresso Nacional e dos legislativos estaduais e municipais. Assim como ocorreu em grande parte dos países do Ocidente, no Brasil também a esquerda cresceu e se organizou. Em 1935, eclodiu uma tentativa de revolução articulada pela ANL - Aliança Nacional Libertadora, formada pelos grupos de esquerda, que foi reprimida pelo governo. Houve crescimento também de organizações afinadas com a ideologia fascista, principalmente a Ação Integralista Brasileira, fundada por Plínio Salgado - que também era líder do grupo modernista Verde-Amarelo. Em 1937, com o apoio dos grupos integralistas, Vargas iniciou a ditadura do Estado Novo, que se caracterizou pelo espírito antidemocrático, a repressão ao comunismo, o nacionalismo conservador e o populismo.
Durante a era Vargas, a burguesia industrial se fortaleceu e passou a ocupar posições de mando, enquanto o poder das oligarquias agrárias declinava. A classe média e o operariado cresceram e tornaram-se cada vez mais participantes da vida política; são dessa fase conquistas como o salário mínimo, os sindicatos, a legislação trabalhista. O fluxo de imigrantes diminuiu e as migrações internas aumentaram, principalmente a partir de 1933, com a expansão da industrialização no Centro-Sul. A população brasileira chegou a 41,1 milhões de habitantes em 1940, dos quais 56,2% eram analfabetos. O governo procurou combater o analfabetismo, através do Ministério da Educação e Saúde, e uma série de reformas modificou a estrutura do ensino primário e implantou o ensino secundário. Em 1934 foi inaugurada a Universidade de São Paulo (USP), a primeira do Brasil, e em 1935, a Universidade do Distrito Federal. Os estudos universitários passariam a influenciar e redefinir a pesquisa e a crítica literária.
O sistema literário foi afetado pela instabilidade política, pelas medidas antidemocráticas e repressoras da era Vargas, mas também se beneficiou da atmosfera de intenso debate sobre a realidade brasileira. Para Antônio Cândido, o período foi de "acentuada politização dos intelectuais, devido à presença das ideologias que atuavam na Europa e influíam em todo o mundo, sobretudo o comunismo e o fascismo. A isso se liga a intensificação e a renovação dos estudos sobre o Brasil, cujo passado foi revisto à luz de novas posições técnicas, com desenvolvimento de investigações sobre o negro, as populações rurais, a imigração e o contato de culturas, - graças à aplicação das modernas correntes de sociologia e antropologia, graças também ao marxismo e à filosofia da cultura (...)".
A crônica, revitalizada por escritores de grande expressividade, também viveu período de grande consagração junto ao público. Modernistas da primeira fase, como Mário de Andrade (1893 -1945) e Oswald de Andrade (1890 - 1954), continuavam ativos e conviviam na imprensa com os autores da nova geração, como Rachel de Queiroz e Oswald. Nas páginas do jornal carioca Diário da Tarde surgiu aquele que é considerado o maior cronista brasileiro, Rubem Braga prosador que atravessou as próximas cinco décadas retratando o Brasil com sensibilidade aguçadíssima.
Segunda geração modernista: Prosa
Características :
segunda geração modernista- Poesia
A prosa de 1930 é chamada de Neorrealismo pela retomada de alguns aspectos do Realismo-Naturalismo, contudo, com características particulares preservadas.
A literatura estava voltada para a realidade brasileira como forma de manifestar as então recentes crises sociais e inquietações da implantação do Estado Novo do governo Vargas e da Primeira Guerra Mundial.
Os romancistas observavam com olhos críticos a realidade brasileira, as relações entre o homem e a sociedade. Pelo fato de os romancistas deste período adotarem como componente o lado emocional das personagens, esta fase se diferenciou do Naturalismo, onde este item foi descartado.
A produção literária dessa fase pode ser dividida em três tipos de prosa:
• Regionalista: tendência originada no Romantismo e adotada pelos naturalistas e pré-modernistas, na qual o tema é o regionalismo do nordeste, a miséria, a seca e o descaso dos políticos com esse estado. Essa propensão tem início com o romance A bagaceira, de José Américo de Almeida, em 1928. Os principais autores regionalistas são: José Lins do Rego, Jorge Amado, Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos.
• Urbana: tendência na qual a temática é a vida das grandes cidades, o homem da cidade e os problemas sociais, o homem e a sociedade, o homem e o meio em que vive. O principal autor é Érico Veríssimo, no início de sua carreira.
• Intimista: tendência influenciada pela teoria psicanalítica de Freud e de outras correntes da psicologia. Tem como tema o mundo interior. É também chamada de prosa “de sondagem psicológica”. Os principais autores são: Lúcio Cardoso, Clarice Lispector, Cornélio Pena, Otávio de Faria e Dionélio Machado.
A produção literária desta fase pode ser dividida em três tipos de prosa:
• Regionalista: tendência originada no Romantismo e adotada pelos naturalistas e pré-modernistas, na qual o tema é o regionalismo do nordeste, a miséria, a seca, o descaso dos políticos com esse estado. Esta propensão tem início com o romance A bagaceira, de José Américo de Almeida, em 192·.
Os principais autores regionalistas são: José Lins do Rego, Jorge Amado, Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos.
• Urbana: tendência na qual a temática é a vida das grandes cidades, o homem da cidade e os problemas sociais, o homem e a sociedade, o homem e o meio em que vive. O principal autor é Érico Veríssimo no início de sua carreira.
• Intimista: tendência influenciada pela teoria psicanalítica de Freud e de outras correntes da psicologia e tem como tema o mundo interior. É também chamada de prosa “de sondagem psicológica”. Os principais autores são: Lúcio Cardoso, Clarice Lispector, Cornélio Pena, Otávio de Faria e Dionélio Machado.
A produção literária desta fase pode ser dividida em três tipos de prosa:
• Regionalista: tendência originada no Romantismo e adotada pelos naturalistas e pré-modernistas, na qual o tema é o regionalismo do nordeste, a miséria, a seca, o descaso dos políticos com esse estado. Esta propensão tem início com o romance A bagaceira, de José Américo de Almeida, em 192·.
Os principais autores regionalistas são: José Lins do Rego, Jorge Amado, Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos.
• Urbana: tendência na qual a temática é a vida das grandes cidades, o homem da cidade e os problemas sociais, o homem e a sociedade, o homem e o meio em que vive. O principal autor é Érico Veríssimo no início de sua carreira.
• Intimista: tendência influenciada pela teoria psicanalítica de Freud e de outras correntes da psicologia e tem como tema o mundo interior. É também chamada de prosa “de sondagem psicológica”. Os principais autores são: Lúcio Cardoso, Clarice Lispector, Cornélio Pena, Otávio de Faria e Dionélio Machado.
Graciliano Ramos

Linguagem condensada, sem retórica, obra neorrealista: romance crítico, de tensão entre a personagem e o meio (natureza e sociedade), romance de esquerda. Em março de 1936, sob suspeita de ter participado da ANL (Aliança Nacional Libertadora), Graciliano foi preso pela polícia de Getúlio Vargas. Levado para a prisão de Ilha Grande (RJ) ficou lá um ano sem acusação formal. A experiência na prisão foi relatada em "Memórias do Cárcere".
José Lins do Rego

Esse tema é especialmente abordado em Fogo Morto (não faz parte do ciclo), que é escrito em terceira pessoa. Nele, o autor mostra as relações psicológicas dos vários tipos sociais (o velho Senhor, a Sinhá, o trabalhador jagunço etc.) perante uma usina de "Fogo Morto", isto é, parada, morta, decadente.
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