Antropofagismo pelo olhar de Tarsila do Amaral











Movimento Antropofágica

Antropofágica 1928 – 1930

 movimento antropofágico foi uma manifestação artística brasileira da década de 1920.
Baseado no Manifesto Antropófago escrito por Oswald de Andrade, o movimento antropofágico (canibalismo) brasileiro tinha por objetivo a deglutição (daí o caráter metafórico da palavra "antropofágico") da cultura do outro externo, como a norte americana e europeia e do outro interno, a cultura dos americanos   ameríndios , dos    afrodescententes , dos eurodescendentes , dos descendentes de orientais, ou seja, não se deve negar a cultura estrangeira, mas ela não deve ser imitada. Foi certamente um dos marcos do modernismo brasileiro.
Tem como a principal obra a pintura Abaporu   de  Tarsila do Amaral .
Oswald de Andrade ironizava em suas obras a submissão da elite brasileira aos países desenvolvidos. Em 1928, lançou com Tarsila do Amaral o Manifesto Antropófagico , que propunha a "Devoração cultural das técnicas importadas para reelaborá-las com autonomia, convertendo-as em produto de exportação".
Ao mesmo tempo, intelectuais como Menotti Del Picchia  e Plínio Salgado  seguiam outro rumo. Com tendências nacionalistas, fundaram o Movimento Verde-Amarelo.  

Antropofágica 1928 – 1930

Depois que Tarsila deu de presente ao seu marido na época, o escritor Oswald de Andrade, a obra Abaporu, começou a Fase dita Antropofágica em sua obra. Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fez o Movimento Antropofágico depois de ganhar a obra. Nesta fase, a artista ainda usava cores fortes, mas os temas eram do seu imaginário, dos seus sonhos, de lembranças de infância, de visões de objetos reais transformados em bichos imaginários, ou em outras formas diversas, que somente uma artista tão revolucionária, com uma visão de vanguarda poderia criar as figuras e as composições que a tornaram um gênio da arte.
                                                      O LAGO, 1928  

Nesta exuberante obra, também da fase Antropofágica de Tarsila, os elementos diversos se sobrepõe e o contraste das cores fortes, fazem da paisagem do lago uma imagem de fantasia, idealizada pela mente da pintora. As obras desta fase são consideradas as mais importantes e valorizadas da pintora.


CARTÃO-POSTAL, 1929. 
Aqui a pintora usa alguns elementos da fase Pau-Brasil na construção do quadro. As casas, a paisagem do Rio de Janeiro bem definida, as cores caipiras. Embora na vegetação, tenha traços da exuberância e da imaginação da fase Antropofágica, como por exemplo as folhas em formas parecidas com corações na árvore em que está deitado um bicho-macaco e sua cria, bem característicos do onírico de Tarsila.



O SAPO, 1928.O elemento do sapo presente nesta obra já foi assunto de outro quadro importante da artista, A Cuca de 1924. Mas aqui, a figura é o personagem principal, em um mundo de fantasia. Ele olha com ingenuidade e alegria para a entrada de um grande túnel, com cactos plantados em cima. Mais intrigante é a sombra da luz que vem por trás do sapo e que o ilumina, mas não ilumina igualmente as plantas de cima. Aliás a iluminação da parte de cima é completamente diferente da parte de baixo. Devaneios da artista.

 

URUTU, 1928.Possivelmente esta obra vem junto com a inspiração do amigo e escritor Raul Bopp, que na mesma época escreveu o livro ‘Cobra Norato’. Mas de qualquer maneira são símbolos fortes da nossa cultura: a cobra Urutu, e o ovo, revelando a gênese.







O SONO, 1928.
Tarsila contou que fez esta obra inspirada em registrar a sensação do estado de ânimo do limite entre a consciência e a sua perda no processo de adormecer. Esta era a obra preferida do escritor Oswald de Andrade, e ele ficou com ela até o seu falecimento. Vale ressaltar que Oswald morreu em sérias dificuldades econômicas.





















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